Muito se fala sobre os benefícios da maconha e do seu uso medicinal, principalmente com o óleo produzido a partir do canabidiol (CBD) e/ou tetra-hidrocanabinol (THC). Sabe-se e também a ciência já está comprovando que o uso do tratamento alternativo, com os medicamentos produzidos com a cannabis, tem oferecido muito mais qualidade de vida aos pacientes e ajudado amenizando e tratando diversas doenças. Mas a pergunta que a gente sempre se faz é: como a maconha medicinal age no organismo? Como ela é capaz de tratar tantas doenças? E como ela consegue amenizar os sintomas no organismo humano?
A maconha medicinal
Os ganhos com os medicamentos à base de cannabis vão além do alívio da dor em si, e se refletem em mais autonomia nas atividades cotidianas para as pessoas, melhora do sono, da qualidade de vida e aumento da percepção de felicidade, inclusive entre idosos.
Como a maconha age no organismo?
A ação das substâncias presentas na Cannabis em nosso organismo se dá por meio de moléculas que nós temos nas membranas celulares e que são capazes de ligarem aos canabinoides. Os dois principais tipos de receptores presentes em nosso organismo são o CB-1 e o CB-2. Os receptores CB-1 são encontrados nos neurônios e, quando ativados, inibem a liberação de uma série de neurotransmissores (substâncias químicas que fazem a comunicação entre os neurônios). Os receptores CB-2 estão localizados nas células de imunidade (que defendem o organismo contra doenças) e, quando ativadas, modulam a liberação de citocinas, substâncias que comunicam entre si as células de imunidade.
Os componentes da maconha que se ligam aos neurônios, por exemplo, agem em áreas motoras do organismo são responsáveis pela melhora dos movimentos em pacientes com esclerose múltipla. Já os que se ligam às áreas responsáveis pela sensação de náusea conseguem aliviar os efeitos da quimioterapia, fazendo com o que o paciente se recupere do sintoma e tenha fome.
Em um tratamento médico com maconha, os efeitos da planta são buscados propositalmente, por isso a importância de conhecer cada substância e como ela é capaz de agir no corpo humano, evitando que a pessoa sofra efeitos colaterais.
A maconha possui mais de 100 substâncias, as mais conhecidas são o CBD e o THC, mas, nos estudos realizados para comprovar a eficiência da maconha medicinal outras substâncias da planta estão sendo pesquisadas, como nabilona e dronabinol, que são sintéticas, tetrahidrocanabivarina (THCV), canabigerol (CBG) e terpenos (mirceno, limoneno, cariofileno, entre outros). No uso medicinal, diferentes substâncias podem ser indicadas, a depender da doença que está sendo tratada. As principais substâncias indicadas são: o canabidiol, o naxibimols (extrato vegetal com THC e CBD), o dronabinol (THC sintético) e nabilona (molécula sintética semelhante à do THC).
Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/33623-maconha
Como qualquer medicamento, a maconha também pode ter reações adversas, como náusea, tontura e alucinação. A intensidade dos efeitos colaterais pode variar em casa pessoa, assim como em qualquer outro remédio. Normalmente, os medicamentos que possuem THC são os que mais podem causar efeitos colaterais que incluem: tontura, náuseas, vômitos, alterações do apetite, desorientação, distúrbios de atenção, má coordenação dos músculos da fala, comprometimento da memória, sonolência, visão embaçada, e secura da boca.
No Brasil
Atualmente, o medicamento brasileiro que pode ser encontrado nas farmácias é o Canabidiol Prati-Donaduzzi, indicado, especialmente, para controlar as crises de epilepsia. O fitofármaco de CBD produzido pela farmacêutica paranaense Prati-Donaduzzi custa mais de R$ 2 mil, podendo chegar até R$ 2,5 mil e é vendido apenas com prescrição médica.
Se quiser ler mais sobre o uso medicinal da maconha clique aqui. O texto explica mais sobre os medicamentos tradicionalmente usados e como funciona a legislação do Brasil para quem precisa ter acesso aos remédios.
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