Hoje começamos aqui no Plantando Bem uma série com os principais benefícios medicinais da Cannabis. A maconha vem demonstrando que é bastante eficiente no tratamento de muitas doenças e com os estudos cada vez mais frequentes as possibilidades de pacientes que podem ser beneficiados também são muito maiores. Algumas doenças já têm o tratamento com Cannabis associado aos tratamentos tradicionais e tem trazido mais qualidade de vida às pessoas. Nesta série vamos trazer informações sobre as doenças mais comumente beneficiadas pelo tratamento com a Cannabis, especialmente por meio do óleo, que pode ser produzido com o canabidiol (mais conhecido como CBD) e/ou com o THC tetra-hidrocanabinol. Neste texto vamos falar sobre o uso na maconha para depressão e de como é feito o tratamento.

A depressão

A depressão é uma doença psiquiátrica que produz alteração no humor, fazendo com que a pessoa sinta uma tristeza profunda associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa autoestima e culpa. A doença também causa sintomas físicos, como distúrbios do sono e do apetite.

Nos quadros de depressão, a pessoa não consegue se livrar dessa tristeza e esse sentimento existe mesmo que não haja uma causa aparente. O humor permanece deprimido praticamente o tempo todo, por muito tempo seguido. Desaparece o interesse pelas atividades que antes davam satisfação e prazer e a pessoa não tem perspectiva de que algo possa ser feito para que seu quadro melhore.

(Fonte: https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/depressao/)

O uso da Cannabis no tratamento da depressão

Os medicamentos farmacêuticos tradicionais para a depressão têm um tempo de tratamento de muitas semanas ou meses para começarem a fazer efeito e aliviarem os sintomas para os pacientes. E aí que entra os medicamentos a base de Cannabis como opção, já que possuem um efeito muito mais rápido.

A maconha tem sido usada para tratar a depressão há muitos anos. Já em 1621 o clérigo inglês Robert Burton recomendou o uso da Cannabis para depressão no livro The Anatomy of Melancholy; médicos na Índia, durante o mesmo período, a usavam ativamente para tratar a depressão de seus pacientes.

Entre as principais descobertas nesta área estão:

A Cannabis é uma alternativa de tratamento muito mais rápido aos antidepressivos. Ela atua estimulando o sistema endocanabinoide e acelera o crescimento e o desenvolvimento do tecido nervoso, com pouco ou nenhum efeito colateral.

Uma pesquisa conduzida por pesquisadores brasileiros e dinamarqueses observou que uma única aplicação de canabidiol apresentou efeitos muito significativos, com remissão de sintomas de depressão no mesmo dia e a manutenção dos efeitos benéficos por uma semana. Ao estudar os mecanismos envolvidos nesses efeitos, os pesquisadores observaram que o tratamento com CBD induz rápido aumento dos níveis de BDNF, uma neurotrofina importante para a atividade neuronal e formação de novos neurônios no cérebro. Sete dias após o uso do CBD, também foi observado o aumento do número de proteínas sinápticas no córtex pré-frontal, que está intimamente relacionado à depressão.

Outros estudos

O University Medical Center Utrecht, na Holanda, comprovou que a maconha pode ser usada no tratamento da depressão e outras doenças mentais. A descoberta foi de que o THC pode alterar a resposta a imagens ou emoções negativas, ativando o sistema endocanabinoide no cérebro. O uso das substâncias presentes na maconha atua na atividade da função endocanabinoide, responsável por estabilizar o humor e aliviar a depressão.

Pesquisadores da Universidade do Novo México, nos Estados Unidos, examinaram os efeitos imediatos do consumo da Cannabis natural nos sintomas de depressão usando dados coletados pelo Releaf App, um aplicativo móvel desenvolvido para ajudar os usuários a gerenciar o consumo de Cannabis, permitindo também que os usuários registrassem as alterações em tempo real na intensidade dos sintomas e efeitos colaterais experimentados. Os dados mostraram que o uso da Cannabis resultou em uma melhora média dos sintomas de quase quatro pontos na escala de 0 a 10, momentos após o consumo.

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