Já se sabe que a Cannabis é eficiente no tratamento de diversas doenças. O tratamento alternativo com a maconha tem sido uma solução para diversos pacientes, com diferentes doenças, entre elas Parkinson, epilepsia, ansiedade, depressão… São muitas, mas ainda pouco se fala sobre a maconha para quem tem diabetes. A atividade endocanabinoide também tem um potencial terapêutico importante para os pacientes com diabetes tipo 2.
Nosso corpo possui um sistema endocanabinoide, formado por receptores canabinoides, endocanabinoides e enzimas e é responsável pela comunicação entre o cérebro e os processos do corpo, mantendo o corpo em equilíbrio. Os endocanabinoides são moléculas que ativam os receptores e as enzimas quebram as moléculas dos endocanabinoides. É com o sistema endocanabinoide que, especialmente, o CBD (canabidiol) age, se ligando aos receptores e fornecendo a melhora dos pacientes.
A Diabetes
A diabetes é uma doença no metabolismo da glicose causada pela falta ou má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e cuja função é quebrar as moléculas de glicose (encontradas principalmente nos carboidratos) para transformá-las em energia. A ausência total ou parcial desse hormônio interfere não só na queima do açúcar como na sua transformação em outras substâncias (proteínas, músculos e gordura).
A diabetes pode se manifestar de diferentes formas, são elas:
Diabetes tipo 1: o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. A instalação da doença ocorre mais na infância e adolescência e exige a aplicação de injeções diárias de insulina.
Diabetes tipo 2: as células são resistentes à ação da insulina. A incidência da doença que pode não ser insulinodependente, em geral, acomete as pessoas depois dos 40 anos de idade.
Diabetes gestacional: Ocorre ao longo da gravidez e, na maior parte dos casos, é provocado pelo aumento excessivo de peso da mãe.
Fonte: https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/diabetes/
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 422 milhões de adultos estão com diabetes no mundo, cerca de 90% dos diabéticos têm o tipo 2 da doença. No Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o IBGE, 9 milhões de brasileiros estão com diabetes. Até 2040 a estimativa é que 642 milhões de pessoas tenham diabetes no mundo.
Fonte: https://saude.novartis.com.br/diabetes-tipo2/numero-do-diabetes/
Os sintomas mais comuns da diabetes são: sensação de sede exagerada e boca seca; aumento da fome; aumento da frequência da urina; muito cansaço; e problemas na visão.
A diabetes tipo 2 é a mais comum e as principais causas são os maus hábitos alimentares e consumo exagerado de açúcar e carboidratos, além da falta de exercícios físicos.
O principal tratamento é feito por meio da aplicação de insulina (em alguns casos), além da mudança dos hábitos alimentares e necessidade do exercício físico, mas não existem outros medicamentos que podem ajudar os pacientes. E é nesse sentido que a maconha pode ajudar os pacientes.
Como a maconha pode ajudar pacientes com diabetes?
Estudos indicaram que a maconha tem potencial efeito terapêutico para pacientes que têm diabetes tipo dois, comprovando que a maconha melhora a sensibilidade à insulina e a função da célula do pâncreas.
O CBD também pode atuar “corrigindo” nosso sistema endocanabinoide (que explicamos acima). Uma falha no receptor CB1 pode influenciar no metabolismo da glicose e dos lipídeos, causando obesidade e diabetes do tipo 2. O CBD é capaz de corrigir tais distúrbios metabólicos.
Além de atuar nos sistemas reguladores, a cannabis também pode ajudar nos sintomas causados pela diabetes, entre eles: diminui a dor nas articulações e a dor nos nervos; diminui as inflamações no organismo; reduz a ansiedade e, consequentemente, diminui o apetite por doces; cuida da pele e muito importante, acelera a cicatrização, uma das consequências mais graves para os pacientes; e ainda promove melhora no fluxo sanguíneo.
Normalmente, assim como a maior parte das doenças tratadas com a maconha, a diabetes também pode se beneficiar do óleo produzido a partir do CBD. Em relação à dosagem é importante consultar um médico especialista, já que cada organismo possui uma necessidade diferente. É importante ressaltar que os pacientes devem manter os outros cuidados importantes para conter a doença, reduzindo o consumo, principalmente, de carboidratos, e praticar exercícios físicos.
Usuários de maconha também possuem menor prevalência de diabetes
Uma pesquisa do National Health and Nutrition Examination Survey concluiu que os usuários de Cannabis possuem menor prevalência de diabetes. A pesquisa também apontou que esse tende a ingerir mais calorias do que não usuários, mas costumam apresentar um índice de massa corporal mais baixo.
Para continuar lendo sobre a eficácia da Cannabis no tratamento de outras doenças, clique aqui. Neste texto você poderá ler como é feito o tratamento com maconha medicinal para pacientes que possuem Esquizofrenia.
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