Negócios Femininos e Maconha #Parte 2

 

A matéria sobre Negócios Femininos e Maconha parte 1, foi um sucesso! Recebemos diversos feedbacks e indicações para escrever sobre outras mulheres poderosas  quando o assunto é cannabis e ativismo, então decidimos escrever a segunda parte com a participação super especial das queridas

 

Mônica Pupo da Maryjuana, Anninha Ativista e modelo canábica, Thaís Ritli do Ganja Talks, Ronete Rizo da Acuca, Fabiana Masch da Black Trunk Brazilian Tips, Isabella Camargo da Potgraph, Thayna Oliveira da Donna Cannabis, Manoela Simões da aLeda, King Blunt e King Paper e a Taynah Moraes da Papelito.

 

Olá! Taisnara Anjos aqui, tudo bom com você? Espero que esteja tudo sensacional! E que você também esteja vivendo seus grandes sonhos, assim como nós!

Então bora lá conhecer um pouquinho do trabalho super especial de cada uma dessas lindas mulheres?..

 

 

 

sites sobre maconha

Mônica Pupo, 36 anos, atuando no mercado canábico desde abril de 2012.  Fundadora e editora do site Maryjuana.com.br, principal referência em jornalismo canábico no Brasil. Fundadora e CEO da empresa Café das 420 Brasil, responsável pela produção do primeiro café para harmonizar com cannabis do mundo, o Mary 4:20.

O que você acha do público feminino atuando no mercado canábico?

O mercado canábico no Brasil ainda é muito incipiente e permeado por um certo machismo e sexismo. Geralmente as minas são vistas e usadas como “objetos de decoração” ou “enfeites” para a maioria das marcas. Infelizmente, ainda existe preconceito para mulheres que têm mais a oferecer do que uma mera imagem, e por vezes somos boicotadas ou invisibilizadas.

Qual sua visão quanto ao mercado da maconha?

Creio que o mercado canábico é um dos nichos mais promissores da nossa época, que infelizmente ainda padece com todo preconceito e discriminação provenientes de décadas e mais décadas de “Reefer Madness”.

Quais foram seus maiores desafios e conquistas, relacionado ao mercado canábico?

Certamente o preconceito é o maior desafio para quem está inserido neste mercado. Sou jornalista de formação, com mais de 10 anos de experiência na área, e já perdi algumas oportunidades de trabalho na minha área desde que meu nome começou a aparecer relacionado à maconha por aí. É sutil, mas sei que acontece. Tanto que hoje, há exatos dois anos, me dedico unicamente aos meus projetos, todos envolvendo maconha. Já sofri com a repressão na pele, tive minha casa invadida e destruída pela Polícia Civil e todo o primeiro lote de café Mary 4:20 apreendido, em janeiro de 2016. Fui acusada de apologia devido ao meu trabalho como jornalista. Tentaram me calar com a lei, mas, como disse um dos advogados que me auxilia, “estamos do lado certo da história”. Isso sem falar na dificuldade diária em angariar recursos, apoios e investimentos em geral. Em suma, muita gente especula e tem curiosidade sobre o que fazemos, mas poucos ainda querem somar e investir.

O que você espera com a legalização da maconha no Brasil? 

Espero que a planta seja livre, que as pessoas possam cultivá-la e consumi-la sem medo. Por fim, espero que parem de criminalizar usuários, sobretudo negros e pessoas em situação periférica, por causa de uma planta consumida há mais de 10 mil anos sem sequer uma morte, cm já canta D2 desde os anos 1990, rs. A guerra às drogas é uma guerra contra pessoas. E isso não cabe mais para o mundo, nem para o Brasil.

O que tem feito para ajudar na legalização, normalização e na informação sobre a maconha?

Utilizo meu ofício de jornalista à favor da legalização desde 2012, dedicando-me integralmente à produção de informações sobre cannabis. O Maryjuana começou como um blog e hoje é a principal referência em jornalismo canábico no Brasil e na América do Sul. Tudo que fazemos é ativismo, incluindo o lançamento da primeira linha de cafés destinada à harmonização com cannabis. Com o Mary 4:20, associamos o principal produto do Brasil à cannabis, com o objetivo de provocar reflexões, educar sobre terpenos e genéticas, além de normalizar o tema perante uma fatia ainda maior da sociedade.

Qual mensagem que você deixa para outras mulheres que tem interesse de atuar nesse mercado maravilhoso?

 Invistam em boas ideias e planejamento, mas – antes de tudo – se joguem sem medo, não temam dar a cara à tapa e, muito menos, desistam por conta das críticas e ameaças. Fortaleçam outras mulheres e iniciativas femininas, temos que nos ajudar sempre! Por fim, lançando mão dum clichê mais do que real: ninguém disse que seria fácil, e não será! Mas com certeza vale a pena!

 

 

 

Anninha Wolff34 anos, ativista e modelo canábica, atua no mercado canábico há 6 anos.  É Gerente geral em sua empresa.

 

Perguntamos para a Anninha o que ela acha do público feminino atuando no mercado canábico

Acho fundamental! Frequento esse meio desde a época em que não se via quase mulheres nos eventos, marcas, lojas… hoje em dia mudou muito! Você consegue encontrar muito mais mulheres acrescentando tanto no mercado como na causa! Esse ar e força feminina sempre foi algo que eu sabia que ia fazer diferença, e a mulherada tá aá, mostrando que é capaz!

Qual sua visão quanto ao mercado da maconha?

Acho que por, principalmente, estarmos em um pais onde o consumo/comercialização, não é legal, o mercado não para! A cada momento surgem novas marcas, grupos, headshops, coffeshops, associações, coletivos, feiras!… Facilmente notável como esse mercado tem expandido rápido e só tende a melhorar cada vez mais!

Quais foram seus maiores desafios e conquistas, relacionado ao mercado canábico?

Meu inicio foi bastante difícil! Como todos são, mas com passos de formiguinha, conseguimos nos fazer entender e tudo flui mais naturalmente! Sempre tentei estar ativa e hoje em dia, tudo o que faço na minha vida é relacionado a esse mercado! Faço parte da equipe Jacaré azul headshop… Acrescento com minha coluna na Revista maconha Brasil… tenho um retorno bem bacana com a galera que acompanha meu corre… Enfim, sou muito de momentos, e acho que o meu, agora, tem sido uma super conquista.

O que você espera com a legalização da maconha no Brasil?

No momento não sei se legalização é algo tão próximo como esperamos… Espero que medicinal, ao menos seja. O que afinal, é maravilhoso. O Brasil precisa antes, ver a maconha de uma forma diferente pra poder aceitar. Infelizmente as pessoas estão muito desinformadas sobre o assunto, então espero que a liberação da maconha medicinal, que é a pela qual eu bato o pé, consiga abrir mais e mais a cabeça desse povo vazio de informação.

O que tem feito para ajudar na legalização, normalização e na informação sobre a maconha?

Tudo o que chega a meu alcance! Participo de grupos, feiras, coletivos, eventos, faço um trabalho em rede social pra tentar alcançar mais pessoas. Enfim, formiguinha, como falei antes. Onde me chamar, levo minha folhinha!

 

O que a cannabis proporcionou de mudança e como ela chegou na sua vida?

A Cannabis chegou na minha vida como salvação!
Primeiro me salvando de um vício antigo, que não fazia bem pra minha vida… Depois com a minha saúde!
Proporcionou uma melhora excelente!
Usei corticoides, coquetéis diários de remédios fortes. De quando era criança até descobrir que um remédio natural me ajudava mais ainda, e melhor: sem me viciar ou fazer mal ao meu corpo!
LUTO PELA LEGALIZAÇÃO, porque SEI que cannabis não é droga! Sei da importância dela na saúde e sei mais ainda, que se não fosse por ela, não sei o que seria da minha vida! Afinal, maconha é ilegal, mas tarja preta, com 13 aninhos já tinha médico me viciando!
LUTO PELA LEGALIZAÇÃO, porque espero que muitas pessoas possam viver também! Pra que ela chegue em muitos, pra salvar, assim como chegou em mim!

 

Qual  mensagem você deixa para outras mulheres que tem interesse em atuar nesse mercado maravilhoso?

Venham sem medo! Unidas somos mais… 😉

 

 

 

Thaís Ritli, 29 anos, não é empreendedora, mas trabalha na área há quase um ano como diretora de Comunicação no Ganja Talks.

 O que você acha do público feminino atuando no mercado canábico?

Mulheres consomem, cultivam e entendem de cannabis assim como os homens. Como uma, acho natural, então, que mulheres trabalhem e abram negócios nesta área. Não apenas natural, como necessário, já que ainda há uma visão estigmatizada sobre o papel das mulheres nessa história – e apenas nós podemos ressignificar nossa posição, seja ela de consumidora, profissional, empreendedora, ativista, cultivadora ou influenciadora deste mercado, que é novo e vem de resistência e transformação. Quanto mais vozes femininas, melhor.

Acredito que, além dos avanços, é importante que quem trabalha com comunicação para o mercado canábico pense nas mulheres, sobretudo, como consumidoras de conteúdo sobre a cannabis. Não digo apenas sobre a criação de mais veículos voltados para esse público, focados em falar com mulheres, o que já acontece e é incrível. Mas, principalmente, que os que já existem e que se propõem a falar com ambos pensem que há mulheres por trás da tela – e considerem isso na hora de comunicar.

 Qual sua visão quanto ao mercado da maconha?

O mercado legal da maconha no Brasil, restrito a produtos e serviços que não tocam a planta, é relativamente novo (a primeira head shop do país foi aberta em 1994), mas já possui players bem estruturados e muitos novos projetos surgindo. Nesse cenário limitado, já que ficamos restritos enquanto não houver avanço sobre a pauta da descriminalização e da possível legalização e regulamentação da cannabis no país, ainda me considero otimista. Vejo muitas oportunidades e espaços para quem é criativo, versátil e topa o desafio – porque, da experiência de quem vê e acompanha o mercado, também posso dizer que não é fácil empreender com cannabis por aqui. Ainda assim, vejo espaço para novas mentes e projetos inovadores que, dentro desse perfil proibicionista, podem prosperar.

 Quais foram seus maiores desafios e conquistas, relacionado ao mercado canábico?

Posso dizer, sem exagero, que a minha rotina profissional é feita de desafios, conquistas, falhas e ajustes. Por isso, destaco alguns projetos que foram, digamos, conquistas desafiadoras.

Um deles foi a primeira turma de Empreendedorismo Canábico do Ganja Talks University. O curso foi um projeto extremamente desafiador, inovador e gratificante, porque, mesmo com alguns percalços, sei que realmente transformou a vida de algumas pessoas que confiaram no nosso trabalho. Lançar o primeiro curso da plataforma em inglês, sobre extrações sem solventes e com a parceria do Marcus Bubbleman como professor, também foi – e continua sendo – um grande desafio e uma imensa conquista.

A campanha de lançamento do terpeno Da Lata, da Bilva Elemental, considero uma conquista desafiadora, porque eu não conhecia os terpenos. Foram algumas semanas de intensa pesquisa para entender o produto e estruturar a comunicação da campanha, que foi um sucesso.

O que você espera com a legalização da maconha no Brasil?

Para ir direto ao ponto, sem contextualizar como ela se daria, e imaginando o cenário ideal em minha opinião, a minha esperança é que o modelo de legalização da cannabis no Brasil promova o livre (e rápido) acesso de pacientes aos produtos derivados de cannabis, assim como à planta, e que se invista, nas Universidades, na produção de medicamentos de patente nossa, em um amplo espectro de doenças em que os vários compostos da cannabis podem atuar.

Espero também que homens e mulheres presos por conta de crimes relacionados à cannabis tenham suas penas revistas e possivelmente sejam anistiados, assim como os que atuam hoje no mercado ilegal sejam inseridos em um novo modelo de mercado.

A minha esperança é de que todos que plantam possam cultivar, que haja clubes de cultivo e que também haja dispensários, com budtenders e tudo aquilo que vemos na Califórnia, com controle de qualidade e longe do acesso de crianças. Que o Governo cobre os devidos impostos e que reverta essa receita (que tem um potencial gigantesco) em educação, saúde, programas de redução de danos e no que mais puder.

Espero que o cânhamo seja fonte de uma riqueza grandiosa para nosso país, que gere empregos, produtos e soluções sustentáveis e que volte a reinar como a grande planta que é. Utópico? Bem, é isso que espero.

 

O que tem feito para ajudar na legalização,  normalização e na informação sobre a maconha?

Sou uma workaholic fascinada pelo meu trabalho, pelo propósito e pelo tema. Respiro isso, vivo disso, acredito nisso. E invisto meu tempo e meu foco em justamente produzir conteúdo e projetos relevantes, que contribuam para ampliar o debate sobre a legalização da cannabis no Brasil. Espero que isso ajude.

 

Qual é a mensagem que você deixa para outras mulheres que tem interesse de atuar nesse mercado maravilhoso?

Para muitas pode parecer difícil simplesmente largar emprego, estabilidade e o conforto da discrição por um propósito, um ideal. E tudo bem. Mas, se você tiver disposta a investir sua força de trabalho em um projeto que considera importante ou ainda em seu próprio negócio canábico, vá atrás. Estude, entre em contato com profissionais da área, entenda os riscos e os benefícios aliados a isso (financeiro, familiar, social, enfim) e ajuste seu rumo. O futuro é flor

 

 

 

Ronete Rizzo, 62 anos, não é empreendedora. Ativista pela legalização da MACONHA em todos os sentidos.

O que você acha do público feminino atuando no mercado canábico?

Vejo hoje no movimento canábico diversas mulheres maravilhosas, atuando com muita competência e alcançando ótimos resultados. Maconha é sim coisa de mulher!

Qual sua visão quanto ao mercado da maconha?

Com foco na maconha já existem várias empresas, produtos diversos, tudo muito interessante e inovador de tudo é vendido, eu adoro, mas é difícil dizer “mercado da maconha” se a própria planta ainda é proibida. Mas acredito que um bom modelo de mercado deva incentivar e criar novas e boas oportunidades locais. Tudo que não queremos são grandes corporações, empresas estrangeiras, etc atuando sozinhas no mercado canábico. Também não acho interessante que a publicidade do mercado canábico seja como a publicidade do álcool. São muitas as questões a considerar. O principal é garantir que todos os usuários (medicinais ou sociais) possam cultivar sua própria maconha. Cada um podendo plantar a sua, todo o resto é lucro, e esse “resto” é um universo maravilhoso, vasto e superpromissor. Espero por um futuro onde a alta arrecadação dos impostos da maconha serão revertidos em educação e saúde, e também em projetos voltados à reparação dos danos causados pela guerra às drogas durante todos estes anos.

O que você espera com a legalização da maconha no Brasil?

Espero primeiro que a descriminalização seja seguida por quebra nos tabus e estigmas relacionados a maconha. Cada usuário possa cultivar e ter acesso a plantas de qualidade, assim como informações relacionadas a redução de danos. Quero também que nosso país enriqueça, e regiões antes pobres, sejam valorizadas pelo seu potencial produtivo. Maconha faz quase tudo nessa vida, é tecido, combustível, remédio, lazer, comida, então as oportunidades são quase infinitas também (rsrs). O importante é garantir espaço e criar incentivo ao mercado nacional.

O que tem feito para ajudar na legalização,  normalização e na informação sobre a maconha?

Eu já me descabelei e magoei meu filho quando descobri que ele fumava maconha. Eu comecei a desconfiar, mas quando ele mesmo veio me dizer, depois de eu ter infernizado ele, meu mundo caiu. Eu fui educada escutando que maconha era coisa de bandido, de vagabundo, era sinônimo de tudo que não prestava. Foi através do meu filho, que muito inteligente começou a me mostrar vídeos, textos e livros, que eu comecei a repensar minha visão sobre a maconha. Ele abriu o jogo comigo, me apresentou aos amigos, e com o tempo, comecei a ver que o uso social de maconha não tornava ninguém improdutivo ou burro como eu pensava. Muito pelo contrário, assim como meu filho, eram pessoas esclarecidas, educadas e inteligentes. Eu mantive minha mente aberta e mais importante, mantive canal de comunicação com meu filho. Logo entendi que não queria ver meu filho na biqueira, correndo risco na rua. Eu entrei de cabeça no movimento canábico e conheci pessoas maravilhosas nestes anos de ativismo. Todos os dias eu dedico uma parte do meu tempo a informar todos os que acompanham Ronete Rizzo nas redes sociais sobre tudo que acontece no universo da maconha. Área médica, social, religiosa, cultural, faço questão de expor o assunto visando normalizar a maconha. Sou presidenta de honra da ACUCA-SP (Associação Cultural Cannábica de São Paulo), onde contribuo e participo de diversos eventos relacionados a maconha.

 

 

 

Fabiana Masch, 42 anos, atuando há 4 anos no mercado canábico. Sócia na empresa Black Trunk Brazilian Tips  e seu papel na empresa é na área financeira e marketing.

Perguntamos para a Fabiana o que ela acha sobre público feminino atuando no mercado canábico 

Cada vez mais vejo mulheres na cena Canábica. Isso me deixa muito feliz. 5 anos atrás quase não tinha. Nós mulheres somos poderosas pra tudo que quisermos realizar na vida, a Cannabis precisa de nossa força pra buscar a legalização.
Agora as mulheres estão colocando suas caras, debatendo, aprendendo e tenho muito orgulho disso.

 

O que acha do mercado canábico?

O mercado da maconha cresce a cada dia, com o mundo se abrindo para a legalização o mercado evolui de forma significativa. Trazendo muitos benefícios e diferenciais para os consumidores em geral. A parte medicinal é muito rica e pouco explorada aqui no Brasil. Produtos de todos os tipos são produzidos através do cânhamo, e a tendência é que esse mercado cresça ainda mais conforme os caminhos se aproximam de uma legalização. É um mercado próspero e que tende a trazer grandes inovações em inúmeras áreas do mercado como um todo.

Quais foram seus maiores desafios ?

Minha empresa produz piteiras. 5 anos atrás, aqui no Brasil, não existia a cultura dos usuários utilizarem piteiras em seus cigarros, por outro lado, no mercado poucas empresas produziam esse produto, e as que existiam a qualidade não era como gostaríamos. Desenvolvemos uma linha grande com vários tipos, tamanhos e materiais diferentes de piteiras. E o desafio foi fazer com que os consumidores entendessem os benefícios das piteiras e passassem a utilizá-las. Foi trabalho árduo de informação, conversas, divulgação e hoje conseguimos uma vasta legião de consumidores. Outras marcas seguiram a idéia e hoje temos muitas opções disponíveis no mercado, melhorando a qualidade das sessões dos usuários.
Conquistas – minha maior conquista são meus consumidores, que me seguem apoiando, elogiando e torcendo. Me dão força, me enchem de amor. Tenho um relacionamento muito gostoso nas redes. Trabalhar nesse ramo é diferente, a energia é outra, a Cannabis tem o poder do amor, de unir as pessoas e isso não tem preço.
Na verdade minha maior conquista ainda não veio. Luto e vou lutar pela legalização. Para poder me cuidar e viver sem me esconder com minha erva.

 

O que você espera com a legalização?

Espero muitas coisas com a legalização. Principalmente na área medicinal, que é extremamente rica e poderá ajudar a melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas. Eu mesma estou buscando esse tratamento.
Além da parte medicinal a recreativa. Hoje os usuários se arriscam nas ruas, alimentam o tráfico e ficam expostos a violência. Além de fazer uso de um fumo de péssima qualidade, contendo misturas e prejudicando sua saúde.
Além disso a legalização abrange inúmeras áreas do mercado, podendo ser opção de matéria prima para vários produtos como combustível, roupas, papel, comida, enfim, m mercado amplo que poderá beneficiar toda a população.

Fumo maconha desde meus 16 anos esporadicamente e a partir dos 21 todos os dias até hoje. A maconha me acalma, me ajuda no raciocínio, me traz a tranquilidade que preciso para seguir a vida cotidiana.
A maconha é meu Life style.
Sou empresária, mãe de 2 crianças, ou seja, casa, trabalho, filhos, escola, médicos, estudos, lazer, educar… Mas todos os problemas que carrego, sem a maconha teria que me apoiar em medicamentos para dar conta de tudo. A maconha é meu remédio. Me sinto bem e não me prejudica em nada. Meu dia começa as 6:00 e termina as 24:00, e faço tudo feliz com minha erva.

 

O que você faz para ajudar na legalização, normalização e na informação sobre a maconha?

Participo de palestras, me envolvo na Marcha da Maconha aqui de SP e apoio às de outros estados, converso com muitas pessoas, divulgo informações pertinentes, procuro estar ligada nas ações que estejam rolando para apoiar, participo de um grupo de empresários e ativistas e viabilizamos palestrantes para acrescentar nos eventos canábicos.
Estarei sempre disponível para esse assunto.

 

Qual mensagem deixa para outras mulheres que sonham em fazer parte do universo canábico?

Para as outras mulheres maconheiras, que como eu, pensam em mudar a visão da sociedade hipócrita e buscar uma vida melhor, não fique só no pensamento, junte-se a nós nessa luta.
Nosso poder é infinito, nós somos determinadas e quando queremos uma coisa conseguimos.
Tenho certeza que ao se unirem a causa, além de todos os benefícios, você será feliz trabalhando nesse mercado. Eu sou feliz trabalhando, aliás, agora eu sou feliz trabalhando nesse mercado. E sei que não passarei por aqui em vão. Um pedacinho dessa conquista será minha também e pode ser sua. E lá na frente, quando eu for bem velhinha e olhar pra trás, que orgulho sentirei.
Que Jah nos guie nessa jornada. VIVA A CANNABIS

 

 

 

 

 

Isabella Camargo, 23 anos, iniciou na cena canábica em 2016 através do @potgraph, um projeto em parceria com o seu parceiro onde buscam desmistificar a maconha através de informações, conteúdos relevantes, contato com o público e eventos. Depois surgiu o @cannabicasopoder em parceria com a @donna_cannabis, naturologa, onde falam sobre a união do sagrado feminino e a ganja, medicina integrativa e também, comunicação!
Também administra o perfil @aresistencia420 que é um coletivo que busca fazer ações em prol da legalização.

Idealizadora da ídeia, atua integralmente na comunicação organizacional e relacionamento com o público.

O que você acha do público feminino atuando no mercado canábico?

Eu acho incrível! Fiz tantas conexões com mulheres maravilhosas nesse ramo, ganhei amigas e parceiras! Como sabemos, é uma área predominantemente masculina, mas tem tanta mulher se tornando linha de frente, que não tem como não admirar e apoiar!

Qual sua visão quanto ao mercado da maconha?

O mercado já existe. Ainda estamos sofrendo adaptações especialmente pelo sistema que o país é regido, mas já tem muita coisa incrível acontecendo e tem um enorme potencial de expansão!

Quais foram seus maiores desafios e conquistas, relacionado ao mercado canábico?

Estudar e entender a linguagem do público pra passar informações claras e interessantes pro conhecimento sobre a maconha foi o desafio inicial, depois disso, é manter o interesse da galera, às vezes não é fácil conquistar o engajamento do público, mas é extremamente necessária essa troca, porque eu também aprendo! A maior conquista, é continuar recebendo apoio da galera e ver todos buscando saber mais!

O que você espera com a legalização da maconha no Brasil?

União e oportunidades! Após todo o processo de descriminalização e uma nova política de drogas, o Brasileiro vai ser condicionado a ter uma visão diferente a cerca do assunto e pode ter a oportunidade de achar alternativas que o beneficiem também, porque não? Maconha é vida!

Qual foi a mudança que a maconha proporcionou na sua vida?

Após a criação dos projetos que me trouxeram muitos contatos e oportunidades eu fui diagnosticada com psoríase, uma doença autoimune que é causada por fatores ambientais, como infecções, feridas na pele, estresse entre outros.
Devido aos efeitos anti-inflamatórios da cannabis, ela pode ser um agente terapêutico eficaz para a psoríase, o que foi uma grande descoberta e um alívio pra mim rs

O que tem feito para ajudar na legalização, normalização e na informação sobre a maconha?

Conteúdo!! Tenho buscado aprimorar meus estudos e minha fala pra auxiliar completamente no posicionamento positivo sobre a maconha.

Qual mensagem você deixa para outras mulheres?

Manas, dêem as caras! Há um mercado existente e com a ajuda de vocês podemos chegar ainda mais longe! As mulheres são o toque especial que tem tudo a ver com a cultura cannabica, afinal, o que vinga é a fêmea não é mesmo? Hahahah

 

 

 

Thayna Oliveira, 32 anos, atuando na empresa DONNA CANNABIS há 11 meses.

Fundadora e proprietária da página Donna Cannabis, a Terapeuta Naturologa se especializou em Medicina Tradicional Chinesa, Reiki e fitoenergética, após uma vivência na Amazônia em seu trabalho voluntário, em conjunto com o INPA ( Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia) afim de propagar seus conhecimentos no cenário e mercado canábico brasileiro.

“ A Cannábis Sativa tem uma papel interessante na jornada de auto- descoberta. No campo vibracional a Cannábis, atua diretamente na Glândula Pineal, onde está localizado nosso chakra frontal ( terceiro olho) e é a comunicação do nosso sagrado, catalisador para algumas das mais profundas observações sobre a realidade e a própria existência elevando a EXPANSÃO DE CONSCIÊNCIA.”

“Donna Cannabis” é uma marca inovadora com a proposta de unir produtos de headshop e acessórios com uso terapêutico vibracional ( Cristais) sobre a visão da Medicina Integrativa.

 

O que você acha do público feminino atuando no mercado canábico?

É um movimento lindo, de SORONIDADE DE VERDADE, a tendência é cada vez mais se expandir. Sabemos das necessidades de mais incentivos e EMPODERAMENTO na cena (mercado). Esse movimento vêm ganhando corpo, forma e se tornando global.
Este ano o tema principal da “IndoExpo”, uma empresa de Feiras canábicas localizada na cidade de Denver-Colorado, foi justamente “We Can Do It” ( Nós podemos fazer isso!) sua equipe era formada predominantemente por mulheres. E contou um pouco mais da trajetória das mulheres dentro do mercado de trabalho. Muitas mulheres viraram chefes de família, centro principal da renda familiar e isso leva ao maior consumo até no mercado canábico.
Se voltarmos ao longo da história vamos perceber que “We Can Do It!” é a legenda de uma das imagens mais conhecidas do movimento feminista. Foi bastante usada a partir do início dos anos 80 do século passado para divulgar o feminismo, desde então várias releituras foram sendo feitas da imagem da moça trabalhadora, usando um lenço na cabeça, arregaçando as mangas, mostrando um musculoso bíceps e passando a ideia de que “sim, nós mulheres podemos fazer isso!” Sendo este “isso” as atividades tradicionalmente convencionadas aos homens, ao mesmo tempo em que se desconstrói a ideia de “mulher sexo frágil”. Contudo, o que muitas pessoas não sabem é que a imagem foi criada algumas décadas antes, em 1943, e que não tinha nenhuma ligação com a divulgação do feminismo. “We Can Do It!”, originalmente foi um cartaz idealizado para ser uma propaganda de guerra dos Estados Unidos, criada por J. Howard Miller para a fábrica Westinghouse Electric Corporation, com o objetivo de incentivar as mulheres americanas trabalhadoras durante a Segunda Guerra Mundial, isto é, para atraí-las ao trabalho extra-doméstico durante a guerra ( queda de mão masculina).
Sabemos que o mercado canábico global AINDA é predominantemente masculino e seu marketing atual muitas vezes não atende a necessidade do público feminino. Há uma tendência a volta do estilo MATRIARCAL. Estamos vivendo uma época de quebra de paradigmas, onde muitas mulheres canábicas querem ser representadas como tal, como grower, ativistas, empreendedoras de marcas e Headshop. “Donnas de si.”

Qual sua visão quanto ao mercado da maconha?

Como empreendedores, nós brasileiros, somos competentes de criar um mercado tão grande e capacitado como o que vemos lá fora. Só observar o upgrade de empresas nos dois últimos anos. É isso que acontece quando o estilo de vida das pessoas viram um business e nossa geração está vivendo isso com a maconha.

Quais foram seus maiores desafios e conquistas, relacionado ao mercado?

Sem dúvida entrar no âmbito de comércio, sair da zona de conforto e do domínio que eu tenho, que é a área terapêutica, porém os produtos são uma junção de produtos de headshop ( Pipes) mas com um contexto completamente terapêutico na visão da Medicina Integrativa (Cristaloterapia).

O começo sempre é difícil, ainda mais quando se tem uma boa ideia mas pouco investimento, o desafio do dia a dia de qualquer negócio, pra fazer prosperar, saber quando avançar, quando recuar. Investimentos, pesquisas, marketing, tudo isso dentro de um investimento inicial. Comecei tudo sozinha sem nenhum investidor, estava desempregada e tudo que eu tinha era a certeza do que queria e uma paixão enorme pela planta, tudo que ela pode proporcionar.
Tem também o preconceito de toda uma sociedade. Minha família sempre me apoiou mas já sofri preconceito de onde não imagina, na classe dos terapeutas por quebrar um paradigma sobre a questão fitoenergetica da planta, trazer o contexto antropológico.
Creio que isso foi um desafio e um triunfo ao mesmo tempo. Não há muitos terapeutas que abordam este assunto, que correlaciona o uso da CANNABIS como uma forma de autoconhecimento, de falar abertamente e com total propriedade.
Uma outra conquista que me orgulho e muitos não sabem, foi ter participado em 2017 do 1° encontro de HeadgrowShop com um stand, meio tímido, humilde lá no meio de tantas marcas gigantes predominante masculina (99%). Como proprietária única, feminina e com o nome completamente FEMININO ” DONNA CANNABIS “.

O que você espera com a legalização da maconha no Brasil?

A legalização da maconha é uma tendência em todo o mundo, os governos de países estão percebendo o que a ciência já diz há muito tempo, a maconha é muito menos perigosa do que drogas que já são legalizadas, como o tabaco e o álcool. Porém, uma mudança social deste tamanho tem efeitos positivos e negativos na sociedade.

Nossa nação tem muitos desafio pela frente antes de uma legalização efetiva, temos que pensar primeiramente na descriminalização e ajustar os modelos existente na realidade brasileira.
Mas qualquer modelo de legalização é melhor do que manter a lógica de morte, prisão e violência que existe hoje. O tráfico de drogas é a principal razão da violência nas cidades e da prisão de jovens. Há usuários e cultivadores presos como traficantes.

A regulamentação do cultivo individual, a regulamentação das cooperativas. Todo avanço tecnológico e medicinal que podemos ter. A nível de saúde pública, já que muitos estudos indicam a CANNABIS e seus derivados como uma alternativa de tratamento de dependentes químicos de crack.
Podemos utilizar a planta como um todo. A planta crua ( folhas, caule e raizes) e as sementes de cânhamo (que pode ser feito o famoso leite de cânhamo) tem alto valor nutricional usadas como suplementos na manutenção da saúde e bem estar. Ambos não possui os psicoativos. As folhas possuem THCa e CBDa no qual atuam como antioxidantes, antiflamátorio e possuem enzimas que previne e enibe desenvolvimento de células cancerígenas.
Que delícia seria ter tudo isso no seu dia a dia.

Sabemos que o cânhamo é uma incrível fonte de biocombustível, na agricultura temos estudos que a plantação de cânhamo ajuda na recuperação do solo, na parte têxtil as fibras de cânhamo são mais resistêntes.

Não há dúvidas que a legalização em si da maior amplitude de mercado seja no recreativo ou em benefícios na parte medicinal movimentando econômica de um país. No Colorado, a arrecadação de impostos da cannabis foram aplicadas para educação. Criação de novas escolas. Seria incrível uma realidade assim em nosso país. Mais empregos, turismo canábico e tudo que movimenta o comércio em si. Estudo realizado pela New Frontier Data, uma empresa analítica focada na indústria da maconha, estimou que, caso seja legalizado em nível nacional, a maconha nos USA, poderia criar um novo campo de arrecadação de impostos gerando milhões de dólares sobre vendas e dedução de folha de pagamento.
Estamos na luta e espero que nosso país chegue num patamar que possa vencer as barreiras de preconceito, hipocrisia e enxergar o quão maravilhosa e benéfica é essa PLANTA.

Qual foi a mudança que a maconha proporcionou na sua vida?

Tive uma primeira experiência com a Cannábis, aos 14 anos mas passei anos fumando bem esporadicamente. Aos 28 anos eu me reconectei com a planta de uma maneira bem diferente, como parte da minha própria terapia pessoal. Sou terapeuta Naturológa e como terapeuta é muito difícil você se permitir enxergar o seu “Eu” sem máscaras, realidade nua e crua. Como tudo na vida é mais fácil falar do que fazer, como cuidar das sombras de outras pessoas sem ter lidado com as minhas próprias sombras? Você se auto analisar, é necessário e como é necessário, porém temos egos, a autosabotagem, se permitir, se confrontar, desconstruir.
A Cannábis Sativa tem uma papel interessante na jornada da auto-descoberta. No campo vibracional a Cannábis, atua diretamente na Glândula Pineal, onde esta localizado nosso chakra frontal ( terceiro olho) e é a comunicação do nosso sagrado, catalisador para algumas das mais profundas observações sobre a realidade e a própria existência elevando a EXPANSÃO DE CONSCIÊNCIA.
Em 2016 como meus 30 anos tive uma crise existencial, me questionei diversas vezes qual era o meu propósito de vida e se naquele momento o meu trabalho atual era coerente com que eu realmente sentia. Pedi demissão de um trabalho CLT e fui pra Amazônia fazer um trabalho voluntário de fitoterápicos com um Botânico do INPA (Instituto Nacional de pesquisas da Amazônia).
Esse período foi enriquecedor e muito gratificante. Após essa viagem nasceu a ideia do “DONNA CANNABIS “, que de início era pra falar sobre a interação da Cannábis Sativa que é uma planta medicinal, um fitoterápico sobre a visão da Medicina Integrativa.

O que tem feito para ajudar na legalização, normalização e na informação sobre a maconha?

Além da página da marca no Instagram @donna_cannabis onde compartilho todas essas informações diferenciadas como saúde, bem-estar, cultura, visão antropológica também participo de mais duas páginas: um coletivo de marcas chamado “Resistência 420” que tem como objetivo unir e criar ações em prol da legalização @aresistencia420 e o outro projeto projeto “Cannábicas- o poder feminino “ @cannabicasopoder que surgiu de uma uma conversa descontraída de com @potgraph na necessidade de incentivo e empoderamento das mulheres no mercado Canábico Brasileiro.

Qual mensagem você gostaria de deixar para outras mulheres que assim como você tem o interesse de participar dessa grande revolução?

Há uma onda despertando as mulheres, vem como um instinto, algo lá na essência ainda um pouco apagada, mas que vem ganhando força, um fogo latente de se LIBERTAR, SE PERMITIR.
“WE CAN DO IT! NÓS PODEMOS FAZER ISSO! “
E vamos! Queremos ser representadas por quem entende a nossa essência em todos os âmbitos do mercado canábico. Somos todas curandeiras, todas propagadoras de saúde e qualidade de vida. A Planta tem uma forte ligação como o Sagrado Feminino e o resgate da nossa essência ancestral.
Os obstáculos são reais, mas JUNTAS SOMOS MAIS FORTES! Siga firme e forte! Cada dia é uma vitória.

 

 

 

 

 

 

Manoela Simões, 39 anos, atuando no mercado canábico há 8 meses. Atualmente atua como como Gerente de Marketing na empresa GRV Import&Export – proprietária das marcas aLeda, King Blunt e King Paper. Empresa de desenvolvimento de produtos para o mercado de canábis e tabaco, com foco em venda para o mercado nacional e internacional.

O que você acha do público feminino atuando no mercado canábico?

Acho que a participação das mulheres é fundamental em qualquer mercado, nós temos uma leitura e visão única, quanto mais heterogêneo for o time onde você trabalhar mais rica serão as discussões, brainstorms e análises. Assim como no varejo tradicional e principalmente o segmento de cerveja no qual trabalhei por 7 anos, sempre teve uma presença e visão dominada pelos homens, acho de fundamental importância a participação das mulheres para quebrarmos os vícios e paradigmas que a comunicação das marcas sempre apresentou e que algumas ainda apresentação da objetificação da mulher, além do mais somos uma importante fatia consumidora e devemos ser levadas em conta das decisões estratégicas tanto em relação a desenvolvimento do produto quanto na comunicação.

Qual sua visão quanto ao mercado da maconha?

É um mercado ainda que tem uma certa informalidade, não conta com dados reais sobre tamanho, hábitos ou tendencias de consumo. No fundo a gente trabalha muito no feeling de quem está na ponta da corrente que é a área comercial. Além disso por falta de legislação específica somos enquadrados no segmento de tabaco o que nos limita em termos de uso de ferramentas de mídias para os principais veículos do mercado.

Quais foram seus maiores desafios e conquistas, relacionado ao mercado canábico?

Com certeza estou vivendo ainda o maior desafio que é construir um trabalho de comunicação e marketing sólido onde as marcas consigam crescimento e reconhecimento no mercado. A maior conquista é poder trabalhar com algo que eu realmente acredito, com um potencial que ainda não conseguimos mensurar e saber que farei parte de uma grande revolução no mercado.

O que você espera com a legalização da maconha no Brasil?

Espero que a gente possa trabalhar dentro de um mercado respeitado e valorizado como deve ser. O potencial econômico da canábis é imenso, o que me encanta é a possibilidade de realizar um trabalho criativo, disrruptivo, que envolva não só o consumo de produtos mas a questão social e política desse segmento.

Qual foi a mudança que a maconha proporcionou na sua vida?

Não sei ao certo apontar uma única mudança, acho que ela não causou nenhuma grande mudança faz parte do meu lifestyle, do que gosto de fazer na hora de relaxar, de curtir. Já está presente na minha vida a tanto tempo que não sei mais precisar esse momento de mudança.

O que tem feito para ajudar na legalização,  normalização e na informação sobre a maconha?

Eu trato e lido com a maconha de uma forma natural, na meu dia-dia, com meus amigos e familiares, acho que essa é a melhor forma de mostrar que não há nada de anormal, ou perigoso no consumo consciente dessa planta. O mais legal é perceber que isso já impacta e muda a opinião de muita gente dentro desse convívio.

E se puder deixar uma mensagem para outras mulheres que tem interesse de atuar nesse mercado maravilhoso

Acredite em você e seja o que quiser ser! Nós não somos diferente de ninguém seja em genêro ou opção sexual, o que determina seu futuro é a sua vontade de realizar.

 

 

Taynah Moraes, 25anos, atuando há 10 meses como Gerente de Redes Sociais da Papelito Brasil

O que você acha do público feminino atuando no mercado canábico?

Acho incrível! E acho que precisamos continuar lutando e conquistando nosso espaço no meio. Em qualquer meio! Entendemos tanto quanto os homens sobre o mercado canábico ou qualquer outro que fizermos parte. Não queremos ser mais. Queremos respeito. Queremos igualdade.

Qual sua visão quanto ao mercado da maconha?

Uma coisa é fato: que mercado enorme! Além de revolucionário, é crescente, inovador e bastante promissor.
Quais foram seus maiores desafios e conquistas, relacionado ao mercado canábico?
Eu cheguei no mercado há pouco tempo. Antes disso, minha relação com a maconha era bastante esporádica. Foi preciso mergulhar de cabeça nesse setor e tudo que está ligado a ele. Foi – e continua sendo – aprendizado atrás de aprendizado. Não podemos parar, né!?

Sinto muito orgulho da presença e atuação da Papelito no mercado e do trabalho que desempenho na empresa.

É desafiador produzir conteúdos que sejam “fora da caixinha” e que não reproduzam o que a gente tá acostumado a ver por aí. Mas é maravilhoso poder fazer isso com respeito, sem objetificar ou sexualizar uma mulher.

O que você espera com a legalização da maconha no Brasil?

Espero que ocorram avanços sociais, acadêmicos, econômicos, reparo social de quem foi/é vítima da guerra às drogas, além da diminuição da violência decorrente dela.

O que tem feito para ajudar na legalização, normalização e na informação sobre a maconha?

Desde que eu entrei no mercado, passei a estudar e me informar um bocado. E sempre pensei “Por que guardar isso tudo só pra mim? Preciso compartilhar com o máximo de pessoas que eu puder.” Falo com a minha família, amigos, colegas de trabalho e, também, com a família Papelito. Procuro ser agente de discussão positiva sempre que posso, participo de eventos e marchas de forma ativa e, claro, busco sempre trazer a pauta pras redes sociais da Papelito. Afinal de contas, informação nunca é demais!

Qual mensagem você deixa para outras mulheres que querem engajar no mercado canábico?

Você não está sozinha. Juntas somos mais fortes. Mesmo! <3

 

 

Agora uma mensagem minha, que escreveu este post super especial para você!

“Acredite no seu grande potencial! Dentro de você habita uma força gigantesca  capaz de realizar todos os seus sonhos”! Taisnara Anjos

Se você gostou dessa matéria, compartilhe com aquela amiga especial que sonha em empreender no mercado canábico.

Até a próxima matéria.

 

Forte abraço

 

Taisnara Anjos

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