Um dos grandes benefícios da maconha medicinal é com relação às crises convulsionais. O primeiro estudo brasileiro com o Canabidiol foi realizado entre as décadas de 1970 e 1980 e comprovou o seu efeito anticonvulsivante. O canabidiol para convulsão tem se mostrado bastante eficiente e muitos pacientes estão se beneficiando com o tratamento, inclusive muitas crianças no mundo todo. Inclusive, o primeiro paciente brasileiro a conseguir uma liminar na justiça para importar e utilizar um medicamento derivado da maconha foi para o tratamento de convulsões.

O que são as crises convulsionais?

Nas crises convulsionais o paciente apresenta pela contratura muscular involuntária de todo o corpo ou de parte dele, provocada pelo aumento da atividade em determinadas áreas cerebrais. As convulsões podem ser parciais ou focais, quando apenas uma parte do hemisfério cerebral é atingida por uma descarga de impulsos elétricos desorganizados, ou generalizadas, quando os dois hemisférios cerebrais são afetados.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, 50 milhões de pacientes receberam o diagnóstico de epilepsia. Outro número preocupante é de que um terço deles não responde aos medicamentos convencionais.

Costuma-se associar a convulsão apenas com a epilepsia, mas outros fatores podem desencadeá-la, como febre, diminuição do açúcar no sangue, desidratação, pancadas na cabeça, perda de sangue, tumores, intoxicações por álcool, medicamentos ou drogas ilícitas.

As pessoas costumam se assustar ao se depararem com alguém tendo uma crise convulsiva e sentem medo de ajudar. No entanto, para aquele que sofre a convulsão a ajuda é extremamente necessária, já que o paciente pode se machucar.

Nas convulsões parciais podem ou não ocorrer alterações do nível de consciência associadas a sintomas psíquicos e sensoriais, como movimentos involuntários do corpo, comprometimento das sensações de paladar, olfato, visão, audição e fala, alucinações, vertigens e delírios. Em relação às convulsões generalizadas, são dois tipos: pequeno mal, em que, durante alguns segundos, as pessoas ficam com o olhar perdido, e grande mal, que estão associadas à perda da consciência.

Para diagnóstico, normalmente se observa a duração das crises, como braços e pernas se contraem, se olhos e boca ficam fechados ou abertos, se a cor da face se torna azulada e se a pessoa responde aos chamados ou permanece inconsciente. Após as crises, é importante observar se a pessoa recupera a consciência ou permanece sonolenta, se fala, se lembra o que aconteceu e se a movimentação volta ao normal. Além disso, são necessários alguns exames, como eletroencefalograma, tomografia computadorizada e ressonância magnética do crânio, análise do líquor e videoeletroencefalograma.

(Fonte: https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/convulsao/)

O canabidiol no tratamento das convulsões

O tratamento com o canabidiol para pacientes com convulsões já existe há bons anos e muitas pessoas já estão tendo uma vida bem melhor com o tratamento alternativo. Além de apresentarem bons resultados, outro grande benefício dos medicamentos feito a partir da maconha é que eles não causam efeitos colaterais graves.

Muitos estudos da área já indicam essa efetividade, mas os pesquisadores estão sempre estudando e comprovando os benefícios do canabidiol no tratamento das convulsões.

Uma pesquisa realizada na Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, com 72 crianças e 60 adultos que não respondiam aos remédios tradicionais, tiveram os quadros de convulsão reduzido pela metade. Todos tomaram Epidiolex, um remédio à base de CBD, por  meses, com doses progressivamente maiores ao longo das semanas.

Um estudo desenvolvido no Laboratório de Neurofarmacologia do Departamento de Farmacologia do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG concluiu que o canabidiol reduz a ativação das chamadas células da glia, presentes no cérebro e que contribuem para o funcionamento dos neurônios. Essas células são ativadas como resposta às crises convulsivas, contribuindo para inflamação e lesão cerebral. O estudo também sugere que, quando a ativação dessas células é reduzida, a inflamação causada pelas crises convulsivas no cérebro também pode ser aliviada.

Um estudo da revista Frontiers in Neurology revelou que o óleo de cannabis pode reduzir significativamente as convulsões em crianças com epilepsia grave, em alguns casos até eliminar. No estudo, os pesquisadores usaram um extrato de cannabis que continha 95% de CBD e 5% de THC. Depois, o extrato foi fornecido a sete crianças com epilepsia extrema que não apresentaram melhora com outros tratamentos. Todas as crianças apresentaram uma melhora considerável e três crianças pararam totalmente com os casos de convulsões. Os pesquisadores também descobriram que os níveis de THC no plasma sanguíneo permaneceram abaixo do limiar de intoxicação, e que nenhuma das crianças exibiu sinais de estarem drogadas.

Para ler mais sobre o uso da maconha medicinal, continue acompanhando nossas publicações. Caso queira conhecer mais sobre o tratamento da maconha para amenizar os sintomas do Alzheimer clique aqui. E se gostou desse conteúdo, compartilhe com os amigos.

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